DEUS E A LUA DE MEL



OBS1 - A foto é apenas de caráter ilustrativo, qualquer semelhança é  mera coincidência.
OBS2 - Este texto é uma continuação de uma publicação escrita anteriormente sobre o valor e a importância do matrimônio. Se você não leu ainda o primeiro, acesse o link abaixo, antes de continuar lendo este, para que a compreensão do assunto possa ser maximizada.


No post passado, afirmei que citaria seis passagens bíblicas que pintavam poeticamente o casamento como um jardim. Se você é um leitor atento, certamente notou que citei apenas cinco. Guardei   a sexta e última para tratar exclusivamente, devido ao caráter especial da mesma. Esta é:

Cantares 5:1  Já entrei no meu jardim, minha irmã, noiva minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados.

Seguindo a cronologia do livro de Cantares, no capítulo cinco, o casamento já foi realizado. O texto começa então, a partir deste ponto a discorrer acerca da noite de núpcias, ou seja, a famosa lua de mel. A área sexual é mencionada de maneira muito direta e clara. E é neste ponto que temos o clímax do livro de Cantares. Estamos diante do ápice do cântico, mas por ser demarcado por uma estrutura linguística tipicamente hebraica, corremos o risco de não perceber esta ênfase na versão em língua portuguesa. É de suma relevância atentarmos para o contexto e notarmos que após Salomão falar no versículo 1 do capítulo 5, temos uma terceira pessoa entrando no discurso e pronunciando as seguintes bençãos:

“Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados”.

A pergunta que precisamos fazer a esta altura é: quem está a pronunciar este conselho em plena noite de núpcias? Note que o conselho está sendo dado num momento exclusivo e íntimo do casal. Qualquer interferência externa seria catastrófica, por isso, somos obrigados pela força do contexto e da estrutura do livro, afirmar que é Deus quem está a abençoar o casal. E é justamente neste ponto que se encontra a beleza do livro de Cantares. 

          Toda a estrutura literária do livro (quiasmo) aponta para esta passagem como sendo central. Temos aqui a benção de Deus sendo anunciada. É o próprio Deus quem deseja que o casal possa usufruir dos prazeres do matrimônio e que o amor possa ser amplamente gozado.

Mais uma vez, o jardim (casamento) deve ser visto como um local abençoado por Deus. Um jardim exclusivo e que  nos foi dado para deleite e satisfação da alma. Temos claramente o aval de Deus para o sexo dentro do casamento. Note então, que não há razão para tratarmos o sexo como um "Tabu", pois Deus na sua palavra trata abertamente deste assunto. Não qualquer sexo, mas um sexo que sacia, que embriaga, sexo que realiza, que preenche e mais importante, sexo abençoado. Medite e aplique as palavras do próprio Deus em seu casamento:

“Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados.”

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